A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na terça-feira, dia 29/06, em Brasília, o índice de reajuste do valor da bandeira tarifária a ser pago pelos consumidores na conta de luz a partir de julho.
O reajuste, na bandeira vermelha 2, será de 52% em relação ao valor que vinha sendo praticado, de R$ 6,243 para R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos.
O reajuste contempla os custos de geração de energia elétrica decorrentes da maior crise hídrica dos últimos 91 anos, segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema).
A diretoria da agência também decidiu os novos valores para as outras bandeiras. A amarela será de R$ 1,343 para R$ 1,874 a cada 100 kWh e a vermelha patamar 1, de R$ 4,169 para R$ 3,971 a cada 100 kWh. Já a verde, que indica boas condições de geração de energia, seguirá sendo gratuita.
O índice de reajuste aprovado foi defendido pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, para quem o nível de reajuste das tarifas não configura um aumento imprevisto para os consumidores.
Crise Hídrica
O Brasil passa hoje pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos, com níveis críticos de reserva de água em seus reservatórios estratégicos.
Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – estão com 29,4% da capacidade de armazenamento, e não há perspectiva de chuva forte nessas regiões até meados de outubro.
Este problema vem se alastrando desde o final do ano passado, com a falta de chuvas, o que levantou discussões sobre risco de um racionamento de energia no país, como o realizado há 20 anos, em 2001.
As usinas termelétricas – mais caras e poluentes – estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Por isso, houve aumento no custo da geração de energia – estimado em R$ 9 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia, valor que é repassado para os consumidores.
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