A geração distribuída (GD) chega a 1 milhão de sistemas instalados. É uma grande conquista, mas ainda existe muito espaço para crescer. A fonte solar responde por 7,6% do total da matriz elétrica nacional.

A energia solar vem se consolidando cada vez mais como uma das principais fontes de geração do Brasil. Segundo o mapeamento realizado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) indicou que a energia solar atingiu a marca de 1 milhão de sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil. São mais de 10,6 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.
Atualmente, entre as renováveis, a solar é a que mais cresce no país e, um exemplo disso, é justamente a quantidade de instalações que vêm sendo contabilizadas: mais de 463 mil nos últimos 12 meses, quase metade dos números atuais, segundo à ANEEL.
Desde 2012, foram mais de R$ 57,4 bilhões em investimentos privados, que geraram mais de 320 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, adicionando a arrecadação de mais de R$ 14,3 bilhões aos cofres públicos.
Já em 2022, poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil desde 2012, com o maior crescimento do mercado e do setor na última década.
Somente nos primeiros cinco meses de 2022, foram pouco mais de 171 mil sistemas conectados à rede de distribuição – um volume 30% maior do que em relação aos cerca de 132 mil sistemas registrados no mesmo período de 2021.
Futuro – GD Solar no Brasil
No começo deste mês, um estudo internacional publicado em Munique, na Alemanha, apontou que a energia solar já ultrapassa a marca de 1 TW de potência instalada em todo o mundo.
Segundo o “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, principal relatório de mercado do setor solar fotovoltaico mundial, o Brasil, país líder em energia solar na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados do globo nos próximos anos, podendo atingir 67 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026, conforme matéria realizada pela Solar Inove.

Segundo análise da entidade, energia solar seguirá crescendo a passos largos e deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada, impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei nº 14.300/2022.
Trata-se, portanto, do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta dos reajustes tarifários e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023.
Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil, detentor de um dos melhores recursos solares do planeta, continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, apenas 1,3% já usa o sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.